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Reflexões sobre desafios de associações e sindicatos

Associações e Sindicatos vêm enfrentando grandes e novos desafios nos últimos anos. Eles são variados, mas podemos identificar dois grandes obstáculos para essas instituições no momento.

A revolução tecnológica promovida na comunicação (internet e smartphones) é um desses desafios. Inclusive, essa mudança comunicacional alterou relações humanas e comerciais no planeta como um todo, promovendo debates e estudos que ainda buscam entender as novas dinâmicas geradas por essa revolução. Além da comunicação, a queda na arrecadação, provocada pela redução no número dos associados, é outro desafio que deve ser encarado pelos gestores e afeta de forma muito mais direta as instituições. Poderiam esses dois desafios estarem relacionados entre si?

Redução de associados e arrecadação

Com algumas exceções, instituições vêm, desde 2012, apresentando queda em seus quadros de associados. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2020) registrou que a administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde e serviços sociais foram áreas de destaque negativo, com queda ainda mais acentuada pós derrubada da obrigatoriedade de contribuição sindical feita pela Reforma Trabalhista de 2017 (caindo mais 3% de 2018 para 2019; saindo de 25,7% para 22,5% do total de associados, por exemplo).
Embora também em queda, as associações apresentam uma taxa menor de perda, com destaque para o fortalecimento de associações ligadas ao agro e à saúde. Apesar disso, a redução na arrecadação e no quadro de associados é uma situação geral e que vem deixando os gestores preocupados. Então, como mudar esse quadro atual? Essa não é uma resposta simples e fácil de ser encontrada, mas uma das soluções passa por outro desafio que os gestores precisam encarar.

A importância de uma boa comunicação

Para diversas áreas, um fator determinante para o sucesso de um projeto é a comunicação. Parte da solução dos problemas passa por ela, que acaba se tornando outro grande desafio a ser enfrentado pelas instituições. A revolução tecnológica e os smartphones possibilitaram uma mudança drástica na forma como nos comunicamos e interagimos com o outro e o mundo. Essa revolução permite uma comunicação em tempo real (vídeo ou áudio), pagamento de contas, compra de produtos e mais; tudo de forma móvel, acessível e portátil.
Embora 3 em cada 4 brasileiros façam uso da internet (sendo que 99% desses o fazem de forma móvel – fonte Agência Brasil), essa revolução ainda é pouco explorada pelos gestores de associações e sindicatos, por exemplo. Aplicativos, perfis nas redes sociais, canais de vídeo e outras estratégias comunicativas são imperativas em uma sociedade da informação. Dar visibilidade, informar, mostrar o porquê da sua importância, sua relevância, e promover os benefícios de se tornar um associado; todos esses temas são de importantes e relevantes para transformar as relações entre associados e entidades, promovendo assim uma oportunidade de uma reviravolta nessa relação estremecida.

Uma comunicação bem-feita, atuante e antenada, que considera o perfil dos associados é uma importante ferramenta de fidelização e captação de novos clientes/associados. Se mostrar é essencial para promover crescimento, seja no faturamento e/ou na ampliação de filiados. Uma prática comunicativa pensada como parte integrante de um projeto estabelecido e de futuras propostas, que promova o associado, a instituição e agregue valor.
Por fim, fica a reflexão. Em uma sociedade que consome informação o tempo inteiro, de diversas formas, gestores devem considerar um planejamento administrativo em que a comunicação seja um meio fundamental de captação e manutenção dos associados. Se possível, ir além. Integrá-la a sistemas modernos de gestão, capazes de auxiliar no contato com o associado, abusando da inovação tecnológica que o momento possibilita, reafirmando assim a transparência administrativa e solidificando a relação entre as partes.

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